Movimento afirmou que a Contag é alvo de ações que ‘ameaçam a democracia’
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) expressou solidariedade à Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura), que está atualmente no foco das investigações da PF (Polícia Federal) sobre possíveis fraudes no INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Em nota divulgada na última quarta-feira, 30, o MST afirmou estar preocupado com as ações da PF que, segundo o grupo, “ameaçam a democracia”. O movimento classificou a operação como um “grave retrocesso, que remete a períodos autoritários”.
A Contag e a fraude no INSS
Conforme apontado pelos investigadores, a Contag acumulou R$ 2 bilhões em deduções do INSS de 2019 a 2024. De acordo com um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), a organização teria transferido quase R$ 30 milhões para um conjunto de contas.
A associação que está sob investigação da Polícia Federal possui um passado de colaboração com o MST. No ano de 2016, esses dois coletivos ocuparam alguns níveis do Ministério do Planejamento. Durante esse acontecimento, o grupo que invadiu o local exibiu banners nos edifícios solicitando a renúncia de Michel Temer, o presidente da República naquela época.
Vínculo com o PT
Ademais, historicamente, a Contag tem associação com o Partido dos Trabalhadores (PT). Aristides Veras, que é o atual presidente da entidade, serviu como vereador e vice-prefeito de Itabira (MG) representando a referida legenda.
Em nota, a Contag afirmou que “não participou de nenhuma irregularidade em relação aos descontos do INSS”. “Inclusive, a entidade denunciou, por duas vezes, descontos indevidos e práticas abusivas contra aposentados e pensionistas rurais.” As informações são da Revista Oeste.
