Filantropo gastou fortuna em apoio aos felinos do deserto da Namíbia e foi atacado por um leão
Um homem perdeu a vida para um leão em um estabelecimento hoteleiro requintado no noroeste da Namíbia, após deixar a sua tenda para ir ao sanitário. A mídia local identificou a vítima como o proeminente empresário Bernd Kebbel, de 59 anos, que estava acampando com sua esposa Coony, de 57 anos, e outros visitantes no resort de tendas.
Segundo informações de um jornal local recuperadas pelo Daily Mail, ele estava alheio ao fato de que uma “leoa faminta” estava em seu encalço. Testemunhas relataram que o filantropo estava descendo uma escada de sua barraca no telhado, que estava fixada no topo de uma estrutura 4×4, quando foi surpreendido pelo ataque do felino que se ocultava na escuridão.
Os gritos do indivíduo despertaram os indivíduos no acampamento, que se apressaram para socorrê-lo. Aqueles que estavam presentes conseguiram espantar a leoa antes que ela completasse o ataque.
Apesar dos esforços, a polícia da Namíbia confirmou que “nada pôde ser feito”. Segundo as autoridades, o ataque foi tão brutal e veloz que a vítima morreu na hora.
Segundo o Daily Mail, Kebbel era um benfeitor que defendia a preservação da fauna na Namíbia e foi proprietário do Off-Road-Centre, um estabelecimento que comercializava equipamentos para veículos de safári.
Leões da Namíbia
Uma especialista consultada pelo jornal britânico afirmou que existem apenas por volta de 60 “leões do deserto” na região de Kunane, local do ataque. Estima-se que na área específica próxima ao acampamento Hoanib, existam no máximo uma dúzia desses animais.
Os leões que habitam o deserto da Namíbia se adaptaram ao ambiente seco, tornando-se caçadores noturnos altamente proficientes, dado que não possuem abrigo durante o dia.
As leoas do deserto, que pesam 170 kg, têm a capacidade de correr a velocidades de até 80 km/h e podem medir até dois metros de comprimento, excluindo a cauda. Elas possuem mandíbulas fortes com dentes que podem chegar a dez centímetros de comprimento.
“Eles são rápidos, velozes e extremamente fortes, e não têm muitas oportunidades de caçar, então podem ficar com muita fome — fome suficiente para arriscar atacar um humano temido”, disse a especialista ao Daily Mail .
Empresário filantropo
Bernd Kebbel, um bem-sucedido empresário e filantropo, era famoso por suas frequentes doações para o cuidado dos leões. Um dos animais foi até nomeado em sua homenagem.
Foi o segundo incidente fatal envolvendo um leão na África em um intervalo menor que seis semanas. Em abril, uma adolescente de 14 anos foi morta por um leão nos subúrbios da capital queniana, em uma fazenda ao sul do Parque Nacional de Nairóbi.
