Professores reivindicam reajuste salarial de 22%
No mínimo, 18 instituições federais, incluindo universidades, centros de educação e institutos federais, declararam greve nesta segunda-feira, 15.
Os participantes do protesto estão exigindo um aumento salarial de 22% para os professores, que seria dividido em três partes iguais de 7%. A primeira parte seria implementada neste ano, com as duas partes restantes previstas para 2025 e 2026.
Outras 41 universidades associadas ao Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes SN) estão apoiando a manifestação, além das instituições que estão em greve.
Os professores estão solicitando não apenas o reajuste salarial, mas também a igualdade de benefícios e auxílios com os funcionários do Legislativo e do Judiciário ainda no ano de 2024. Além disso, estão pedindo a anulação dos atos normativos estabelecidos durante governos anteriores que, conforme afirmam, afetam suas carreiras.
A declaração do sindicato confirmou que, além das 18 universidades que iniciaram a greve hoje, outras três instituições associadas à entidade já haviam suspendido suas atividades na semana anterior. Cinco indicaram possíveis greves e oito já estão em greve.
O “Ministério da Educação (MEC)” declarou que está “envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação”. Afirmou também que no ano passado, houve um reajuste de 9% para todos os servidores. Uma nova atualização salarial só acontecerá em 2025 e 2026, com um aumento de 4,5% por ano.
O acordo apresentado pelo governo federal propõe um aumento no auxílio-alimentação de R$ 658 para R$ 1 mil. Além disso, foi proposto um aumento na assistência pré-escolar de R$ 321 para R$ 484,90 e um reajuste de 51% no valor per capita da Saúde Suplementar.
Em comunicado, o Andes SN informou que o “governo tentou restringir o movimento da greve ao declarar que, durante o processo de negociação, qualquer interrupção (parcial ou total) de serviços públicos resultaria na suspensão das negociações em curso com a categoria específica”.
“Esta decisão [greve] ocorre no mesmo dia em que o governo torna evidente o seu desrespeito aos trabalhadores e às nossas organizações com ameaças explícitas sobre romper as negociações quando exercemos nosso legítimo uso dos instrumentos de paralisações e greves”, disse Maria Ceci Misoczky, vice-presidenta da Regional Rio Grande do Sul do Andes-SN. “Em resposta, decidimos deflagrar a greve em 15 de abril.” As informações são da Revista Oeste.
As universidades que pararam as atividades no dia 15 de abril
- Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (CEFET-MG);
- Instituto Federal do Piauí (IFPI);
- Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);
- Universidade Federal de Brasília (UnB);
- Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF);
- Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP);
- Universidade Federal de Pelotas (UFPel);
- Universidade Federal de Viçosa (UFV);
- Universidade Federal do Cariri (UFCA);
- Universidade Federal do Ceará (UFC);
- Universidade Federal do Espírito Santo (UFES);
- Universidade Federal do Maranhão (UFMA);
- Universidade Federal do Pará (UFPA);
- Universidade Federal do Paraná (UFPR);
- Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB);
- Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa);
- Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR); e
- Universidade Federal de Rondônia (UNIR).
Universidades com indicativo de greve depois de 15 de abril
- Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (CEFET-RJ);
- Instituto federal do Rio Grande do Sul (IFRS) – campi Alvorada, Canoas, Osório, Porto Alegre, Restinga, Rolante e Viamão;
- Universidade Federal de Sergipe (UFS);
- Universidade Federal de Uberlândia (UFU); e
- Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA).
As universidades com indicativo de greve aprovada mas sem data de início do ato
- Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI);
- Universidade Federal da Paraíba (UFPB);
- Universidade Federal de Pernambuco (UFPE);
- Universidade Federal do Piauí (UFPI);
- Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB);
- Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); e
- Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM).
Universidades em estado de greve
- Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD);
- Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ);
- Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO);
- Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ);
- Universidade Federal de Santa Maria (UFSM);
- Universidade Federal do Pampa (Unipampa);
- Universidade Federal da Integração Latino-Americana (UNILA); e
- Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).