Procurador-geral da República fez declaração a Meyer Nigri
A ação realizada por determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) contra oito empresários que compartilharam mensagens em um grupo de WhatsApp foi rotulada como abuso pelo procurador-geral da República, Augusto Aras.
Segundo o portal UOL, em troca de mensagens com um dos empresários, Meyer Nigri, Aras afirmou: “Se trata de mais um abuso do fulano.” As mensagens fazem parte da investigação da Polícia Federal. A resposta foi dada depois que o empresário enviou a Aras um link de reportagem sobre a operação contra os empresários.
Moraes, no inquérito das “milícias digitais”, autorizou a Polícia Federal a fazer buscas e apreensão de eventuais provas nos endereços dos empresários que apoiavam a reeleição do ex-presidente Jair Bolsonaro. A suspeita, jamais confirmada, era de um golpe de Estado estava sendo tramado pelo WhatsApp.
Moraes encerrou o inquérito de seis pessoas na semana passada, um ano após o início das investigações, devido à falta de provas suficientes de crime. No entanto, Nigri e Luciano Hang ainda estão sob investigação.
Naquela ocasião, a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou em oposição à operação contra os empresários.
A defesa de Meyer Nigri afirmou ao UOL que o empresário apenas “perguntou a opinião” do procurador-geral da República. Para a GloboNews, o advogado Alberto Toron, que defende Nigri, disse que não houve “qualquer pedido, pleito de ajuda ou interferência”.
Segundo o portal, a PF identificou uma suposta rede de contatos montada por Nigri dentro da PGR para tentar obter facilidades. Além de Aras, ele trocou mensagens com um assessor e teve um encontro com a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo. As informações são da Revista Oeste.