Polêmica levanta questões sobre papel de Musk no governo e seus vínculos com a China
Os Estados Unidos supostamente compartilharam um plano militar secreto sobre a China com Elon Musk, segundo reportagem do New York Times publicada no fim de março. A revelação provocou forte impacto no Pentágono, que tenta identificar quem autorizou a sessão informativa ao bilionário.
O caso lança luz sobre o papel que Musk passou a desempenhar dentro do governo dos EUA, especialmente após a reeleição de Donald Trump. Musk tem atuado como conselheiro governamental informal, o que aumentou a polêmica sobre o acesso a informações sensíveis.
Trump nega reunião e diz que Musk não gostaria de saber
Após a publicação, o presidente Donald Trump negou publicamente que Musk tenha tido acesso a planos militares secretos. Embora tenha reconhecido que Musk ajuda o governo a combater desperdício e fraudes, Trump afirmou que “não seria apropriado” compartilhar informações de alta sensibilidade com ele. O presidente ainda declarou:
“Acredito que o próprio Musk não gostaria de estar nessa posição”, acrescentou Trump.
A preocupação se deve, em parte, aos laços comerciais de Musk com a China, um dos mercados mais importantes para a Tesla.
Reunião no Pentágono e especulações
No dia seguinte à reportagem, Elon Musk visitou o Pentágono e participou de uma reunião privada de mais de uma hora com o secretário de Defesa Pete Hegseth e o almirante Christopher W. Grady, vice-chefe do Estado-Maior Conjunto.
Segundo fontes citadas pelo Times, Musk teria sido originalmente convidado para uma reunião na sala de alta segurança “The Tank”, onde seriam discutidas estratégias de defesa dos EUA em caso de guerra com a China. A participação do almirante Samuel J. Paparo, chefe do Comando Indo-Pacífico, também foi mencionada.
O Pentágono ainda não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo da reunião nem sobre a existência do suposto plano militar que teria sido revelado.