Elon Musk após bloqueio de contas da Starlink: ‘Brasil não é seguro para investidores estrangeiros’

Elon Musk reage ao bloqueio das contas da Starlink no Brasil e questiona segurança para investimentos estrangeiros
Musk Musk
Foto: Ministério das Comunicações

O bilionário Elon Musk, proprietário da Starlink, expressou sua reação ao congelamento das contas de sua empresa no Brasil, uma ação instruída pelo ministro , do Supremo Tribunal Federal. Em resposta a uma postagem na plataforma X (antes chamada Twitter), Musk declarou que é justo afirmar que “o Brasil agora é uma ditadura” e que o país “não é mais seguro para investimentos estrangeiros”.

A notícia sobre a decisão de Moraes, que se tornou pública nesta quinta-feira, revelou que ele determinou o congelamento dos fundos da Starlink para garantir o pagamento de multas impostas ao X por desobedecer ordens judiciais. A informação foi compartilhada pelo G1.

A exigência do ministro para que Elon Musk revelasse, dentro de 24 horas, o novo representante da plataforma X no Brasil aconteceu um dia antes da sua ação. O prazo se encerra na noite de quinta-feira. Até agora, não há nenhum indício de que Musk irá cumprir a demanda do juiz.

A preocupação de que um diretor recém-nomeado possa ser preso e ter seus ativos congelados torna o processo de nomeação desafiador, já que é difícil encontrar indivíduos dispostos a aceitar a posição. Em agosto, Moraes ameaçou colocar a então representante legal da empresa, Rachel de Oliveira Villa Nova, atrás das grades, e também ordenou a apreensão de seus ativos e das contas da empresa.

Além de sancionar a X e a Starlink, Moraes também ordenou o congelamento de fundos, veículos e aeronaves de outras empresas de Elon Musk no Brasil, de acordo com informações adquiridas pela Coluna. Na semana anterior, o ministro reconheceu a existência de um “grupo econômico de fato” sob a liderança de Musk e decretou o congelamento de todos os ativos financeiros deste grupo para garantir o pagamento das multas aplicadas pela Justiça brasileira à rede X.

A Starlink respondeu às decisões do ministro Alexandre de Moraes em comunicado enviado aos seus clientes, classificando as medidas contra o X como “inconstitucionais” e afirmando que pretende recorrer judicialmente.

“Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deve ser responsável pelas multas cobradas — inconstitucionalmente — contra X. Ela foi emitida em segredo e sem dar à Starlink qualquer um dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente”, afirmou a empresa no comunicado.

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