Diretores da Petrobras têm celulares apreendidos em auditoria interna

Petrobras inicia auditoria interna para investigar possíveis irregularidades em contrato com Unigel após intervenção do TCU
Edifício Sede Da Petrobras No Centro Do Rio Foto,Agência Brasil,Fernando Frazão Edifício Sede Da Petrobras No Centro Do Rio Foto,Agência Brasil,Fernando Frazão
Edifício Sede Da Petrobras No Centro Do Rio Foto,Agência Brasil,Fernando Frazão

Petrobras inicia auditoria interna para investigar possíveis irregularidades em contrato com Unigel após intervenção do TCU

A auditoria interna da Petrobras confiscou os celulares de William França e Sérgio Caetano, diretores da empresa, que agora estão sendo investigados. Existe uma investigação em curso sobre a assinatura de um contrato milionário que mostra “possíveis irregularidades” com a Unigel, o maior produtor de acrílicos e estirênicos na América Latina.

Um processo de investigação foi iniciado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) que sinaliza uma possível envolvimento dos diretores na aprovação do contrato entre as empresas. Além disso, o documento também está sendo investigado pela auditoria interna da empresa de petróleo. Essas informações foram reportadas na coluna de Lauro Jardim, em O Globo.

O contrato assinado no final de dezembro de 2023, que tem o valor de R$759 milhões, pode resultar em um prejuízo de R$ 487 milhões para a empresa. Este documento estipula a industrialização, armazenamento, remessa, faturamento e serviço pós-venda de ureia e amônia pelas fábricas de fertilizantes nitrogenados da Petrobras em Sergipe e Bahia, que foram “alugadas” ao grupo Unigel desde 2019.

Uma auditoria realizada pela companhia KPMG igualmente propôs que ambos sejam removidos até que as investigações sejam concluídas.

Distribuição de lucros na Petrobras

Se as “demonstrações financeiras” não receberem aprovação da auditoria da KPMG, uma organização global de consulta contratada pela Petrobras para a investigação, até o dia 5 de março, pode haver prejuízos na distribuição dos lucros entre os acionistas da empresa.

Junto às investigações, três reclamações no canal da empresa indicaram que os diretores William França e Sérgio Caetano exerceram pressão sobre as equipes técnicas para aprovar o contrato. Devido a isso, a KPMG sugeriu que sejam afastados até o término das investigações.

O portal Metrópoles tentou contato com as defesas dos diretores, mas até o momento não obteve resposta. O espaço segue aberto.

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