Dino dá prazo até 20h desta sexta-feira (27) para Câmara enviar dados e liberar emendas

Ministro do STF dá prazo para Câmara dos Deputaos responder sobre emendas de comissão de R$ 4,2 bilhões”
Ministro Do STF Flávio Dino Com O Presidente Lula Ministro Do STF Flávio Dino Com O Presidente Lula
Ministro do STF Flávio Dino com o presidente Lula (Foto: Fellipe Sampaio/CO/STF)

Ministro do STF dá prazo para Câmara dos Deputaos responder sobre emendas de comissão de R$ 4,2 bilhões”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, estipulou prazo até as 20h desta sexta-feira (27) para que a Câmara dos Deputados responda a quatro questionamentos relacionados às chamadas emendas de comissão, que envolvem R$ 4,2 bilhões.

A medida visa esclarecer possíveis irregularidades no processo de aprovação e execução dessas emendas, que foram suspensas devido a dúvidas sobre a transparência.

Pontos Solicitados pelo STF

Entre as informações exigidas por Dino estão:

  • Quando as emendas foram aprovadas;
  • Se houve inclusão de novas indicações após as reuniões das comissões temáticas;
  • Quem autorizou eventuais alterações;
  • Quais normas embasam o procedimento.

Dino determinou que as respostas sejam fornecidas de forma “objetiva”, com base na resolução de 2006 que regulamenta a Comissão Mista de Orçamento (CMO).

Resposta da Câmara

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), enviou um ofício ao STF contestando as suspeitas de irregularidades. Lira argumentou que:

  • A interrupção das atividades das comissões, entre 12 e 20 de dezembro, não impacta o tema;
  • As deliberações das emendas ocorreram regularmente;
  • As atas das reuniões comprovam a legalidade do processo e estão disponíveis publicamente.

Ele também solicitou a revogação da suspensão dos pagamentos, alegando que a denúncia apresentada ao STF não reflete a realidade do processo legislativo.

Histórico do Impasse

Os pagamentos das emendas foram suspensos por Dino na segunda-feira (23), devido ao suposto descumprimento de critérios de transparência. Desde agosto, Dino tem exigido maior detalhamento sobre os responsáveis pelas indicações e a destinação dos recursos.

Na quinta-feira (26), Arthur Lira reuniu-se com o presidente Luiz Inácio da Silva e líderes partidários para buscar uma solução. Após o encontro, enviou novos documentos ao STF, reforçando os argumentos da Câmara.

Risco aos Serviços Públicos

A Advocacia da Câmara alertou que a suspensão dos pagamentos pode comprometer serviços públicos essenciais, especialmente na área da saúde. A liberação parcial dos recursos, em dezembro, ocorreu após aprovação de nova legislação e compromissos de maior transparência.

A decisão de Dino foi motivada por um pedido do PSOL, que apontou possíveis irregularidades na destinação dos recursos. Arthur Lira espera que o STF analise os argumentos apresentados e restabeleça os pagamentos após o recesso de Natal.

2 comments
  1. As carniças estão se rasgando! Pode também ser jogo de cena! Nesse povo não se pode confiar!

    1. O ministro Dino, tem razões, até porque conhece o congresso. Falar genérico em saúde, etc. Depois o congresso reclama que o STF, atropela. Porquê não dá transparência, porquê só nas noite e madrugadas, passam certos projetos?

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