Desaparecimento de Celulares do 8/1 Abala Investigações e Preocupa STF

PGR perde celulares de réus do 8/1 e STF teme anulação de provas por quebra da cadeia de custódia.
Sede Do STF Sede Do STF
Sede do STF | Foto: Gustavo Moreno/STF

Desaparecimento de eletrônicos compromete ação penal contra oficiais da PMDF e levanta risco de nulidade total do processo

O Supremo Tribunal Federal (STF) foi informado de uma grave falha na guarda de provas referentes à 2.417, que apura a conduta de oficiais da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) durante os eventos de 8 de janeiro. Segundo o site ICL, pelo menos dois celulares e um notebook desapareceram enquanto estavam sob a custódia de órgãos do Estado.

Os dispositivos haviam sido apreendidos nas diligências contra os réus Rafael Pereira Martins e Paulo José Bezerra, e estavam sob a responsabilidade da Procuradoria-Geral da República (PGR) após passarem por perícia da (PF).


Alexandre de Moraes cobra explicações da PGR e da PF

Em despacho recente, o ministro determinou que a PGR entre em contato direto com os advogados dos réus para viabilizar a devolução imediata dos bens remanescentes. A Polícia Federal também foi intimada a prestar esclarecimentos em até cinco dias.

Segundo o documento, parte dos equipamentos nunca foi devolvida às defesas, e não há qualquer registro oficial que indique o paradeiro atual dos itens desaparecidos.


Falha compromete validade das provas e preocupa o Supremo

A ausência dos aparelhos levanta sérias dúvidas sobre a integridade da cadeia de custódia, elemento essencial para a validade jurídica de qualquer prova. De acordo com os advogados de defesa, a devolução incompleta comprometeu a formulação das alegações finais, pois conteúdos importantes estavam armazenados nos dispositivos sumidos.

O jurista Pedro Serrano classificou o caso como uma “nulidade total das provas”, afirmando:

“Essas provas não podem mais ser usadas. Ninguém sabe onde estão nem quem está com elas.”


Disputa de responsabilidades entre PGR e PF

Nos bastidores, fontes ouvidas pela imprensa relataram que a Polícia Federal se mantém tranquila quanto ao episódio, argumentando que os equipamentos já haviam sido formalmente entregues à PGR após as perícias.

Dessa forma, a responsabilidade pelo desaparecimento dos dispositivos recai sobre a Procuradoria, que agora corre para localizar os aparelhos, temendo impactos diretos na sustentação da acusação junto ao STF.


Caso pode gerar consequências institucionais graves

Juristas alertam que a falha na guarda dos equipamentos poderá ser usada por outras defesas como exemplo de negligência do Estado em processos de alta sensibilidade política. Mesmo que existam outros elementos nos autos, o episódio fragiliza a credibilidade da persecução penal e pode abrir margem para contestações formais de provas em futuros casos semelhantes.


STF aguarda respostas formais e pode tomar novas medidas

A decisão de Moraes determina que, após os esclarecimentos da PF, os autos sejam enviados à PGR, que também deverá responder dentro de cinco dias. A depender das justificativas apresentadas, o caso poderá deixar de ser apenas uma falha processual e evoluir para um institucional de grandes proporções.



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