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CPI: Depoente denuncia que Aziz quis forçá-lo a dizer “três nomes”

De acordo com relato, haviam “conversas informais” na antessala da CPI da Covid

Um dos depoentes da CPI da Covid fez denúncias acerca dos bastidores da comissão em uma reportagem da revista Veja. De acordo com ele, que pediu para não ter o nome revelado, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), insinuou ao próprio depoente, antes da sessão começar, que poderia decretar a sua prisão.

De acordo com a denúncia, Aziz também queria que o depoente falasse especificamente o nome de três pessoas.

– Só quero três nomes, três nomes. Flávio Bolsonaro, Ricardo Barros e Roberto Dias (ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde) – disse Aziz de acordo com o relato do depoente à revista.

Segundo a reportagem, a atitude de Aziz é fundamentada no fato de que, das quase sessenta pessoas convocadas a depor, metade compareceu municiada de habeas-corpus que garantia o direito ao silêncio. Diante disso, a cúpula tentou “driblar” a dificuldade de obter qualquer tipo de colaboração das testemunhas ou investigados.

Muitos outros depoentes também teriam sido convidados para uma conversa informal, na antessala da CPI da Covid, onde eram instados a colaborar com a comissão diante de ameaças de prisão.

Na hora do depoimento do depoente denunciante, diante das “respostas evasivas”, o presidente da CPI teria desligado o microfone, coberto a boca com a mão e teria feito uma última investida: “Três nomes, três nomes”.

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