Consórcio ganha primeiro lote para construção de escolas em São Paulo por mais de R$ 3 bilhões

As partes estruturais das unidades de educação serão gerenciadas e construídas pela Engeform Engenharia
Tarcísio De Freitas, Tarcísio De Freitas,
Foto: Reprodução/Flickr/Governo do estado de São Paulo

As partes estruturais das unidades de educação serão gerenciadas e construídas pela Engeform Engenharia

Na terça-feira, 29, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, informou que o Consórcio Novas Escolas SP comprou o primeiro lote de escolas estaduais que serão gerenciadas pela iniciativa privada. A Engeform Engenharia, responsável pela gestão dos recursos, ganhou o leilão de 17 escolas do Lote Oeste.

O contrato garantirá ao consórcio a receita de R$ 3,38 bilhões ao longo de 25 anos. Segundo o edital, a empresa que propusesse o valor mais baixo seria a vencedora do leilão.

O consórcio concordou em receber uma quantia que é 21,43% inferior ao limite estabelecido de R$ 15,2 milhões. Cerca de R$ 11,9 milhões serão pagos mensalmente pelo governo estadual. A concessão é válida por um período de 25 anos.

Quatro outras empresas competiram no leilão. As construtoras Agrimat, Jope Infraestrutura Social Brasil, CS Infra e o fundo de investimentos PCS II INFRA FIP foram derrotadas pelo Consórcio Novas Escolas SP.

As cidades que vão receber as novas unidades da Parceria Público-Privadas (PPP) são: 

  • Araras; 
  • Bebedouro; 
  • Campinas; 
  • Itatiba; 
  • Jardinópolis; 
  • Lins; 
  • Marília; 
  • Olímpía; 
  • Presidente Prudente; 
  • Ribeirão Preto; 
  • Rio Claro; 
  • São José do Rio Preto; 
  • Sertãozinho; e 
  • Taquaritinga. 

Tarcísio tem fé na abertura de ao menos 462 novos ambientes de ensino com as escolas recém-construídas. Adicionalmente, ele acredita na criação de outras 17,1 mil oportunidades para estudantes do ensino médio e fundamental.

“Entendo que a gente está dando um passo fundamental na questão da Educação”, afirmou o governador. “Estamos trabalhando na diminuição do tamanho do Estado. A gente acredita muito na participação do capital privado e, obviamente, trabalhamos um fortalecimento da regulação, porque não adianta pensar em transferir para iniciativa privada serviços se a gente não fortalecer a regulação.” 

A companhia terá a responsabilidade de gerenciar a “merenda”, “internet”, “segurança”, infraestrutura e limpeza das unidades escolares. A quantia paga pelo governo pode variar de uma instituição para outra, podendo ser determinada pela frequência e número de matrículas, por exemplo.

Estudantes protestam contra a Parceria Público-Privada na educação em São Paulo 

A B3, a Bolsa de Valores de São Paulo, foi o local onde aconteceu o leilão. Estudantes se manifestaram contra a Parceria Público-Privada na educação, em frente ao prédio.

A Multidão precisou ser contida pela Polícia Militar, que estava com cartazes protestando contra a decisão do governador Tarcísio. Também foi necessário que as autoridades impedissem a invasão do prédio pelos manifestantes.As informações são da Revista Oeste. 

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