Congresso e Guedes querem que solução para precatórios venha do Judiciário

Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ministro da Economia se encontraram nesta segunda-feira para tratar do assunto

Congresso Nacional e Ministério da Economia estão alinhados em relação a questão do pagamento de precatórios: querem que a solução venha do próprio poder Judiciário, que informou o governo sobre esta dívida que chega a quase R$ 90 bilhões em 2022.

Os precatórios são valores devidos pela União a pessoas e empresas após sentença definitiva na Justiça. A apreensão do Palácio do Planalto é que, se o valor tiver que ser pago integralmente no ano que vem, há o risco de desrespeito ao teto de gastos e faltaria recursos para a reformulação do Bolsa Família.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniram nesta segunda-feira, 30, e defenderam que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), presidido pelo ministro Luiz Fux, seja o responsável por fazer a “modulação dos pagamentos”.

A ideia é que o CNJ, com base em um parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), permita que cerca de R$ 40 bilhões sejam pagos em 2022 e o restante, aproximadamente R$ 50 bilhões, fique para 2023. A solução dispensa a necessidade de aprovação da PEC dos Precatórios, que enfrenta dificuldades no Congresso.

Pacheco e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vão se encontrar amanhã com o presidente do Supremo Tribunal Federal e do CNJ, Luiz Fux, para alinhar definitivamente a questão dos precatórios.

Precatórios e Auxílio Brasil

Sem a necessidade de se pagar todo o montante no ano que vem, o governo ficaria com mais espaço no Orçamento para colocar de pé o Auxílio Brasil, que deve substituir o Bolsa Família e, em ano eleitoral, deve ajudar na campanha de reeleição do presidente .

“A solução da questão dos precatórios acaba por desaguar em uma outra solução absolutamente fundamental para o Brasil que é o estabelecimento de um programa social incrementado, que substitua o Bolsa Família, que possa atingir o maior número de pessoas, com um valor atualizado para se dar a estas pessoas o poder de compra, especialmente em um momento em que se elevam os preços das coisas de um modo geral”, afirmou Pacheco.

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