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Comissão de Ética: PGR defende manutenção por Lula dos indicados de Bolsonaro

Lula dispensou três conselheiros da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República indicados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro

A Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou nesta terça-feira (23/5) a favor da anulação do decreto do presidente Luiz Inácio da Silva (PT) que dispensou três conselheiros da Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República indicados por (PL).

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, defendeu que os conselheiros foram indicados em 2022 e possuem mandatos de três anos, “revela a ausência de transitoriedade do cargo, o que indica incompatibilidade com a lógica dos cargos de livre nomeação e exoneração”.

“A ausência de dispositivo que estabeleça a possibilidade de dispensa a qualquer tempo objetiva evitar interferências externas na atuação dos membros da Comissão de Ética Pública, porque tal função é de Estado, e não de Governo”, destacou Lindôra Araújo.

“Da fixação de prazo de mandato resulta a expectativa do membro designado de que, a menos que infrinja algum dever apto a torná-lo indigno para o exercício da função, haverá de concluir o período estabelecido”, completou a vice-procuradora.

Quando assumiu, todos os sete integrantes foram nomeados pelo ex-presidente Bolsonaro, mas o governo decidiu pela suspensão de três: Celio Faria Júnior, João Henrique Nascimento de Freitas e Fábio Prieto de Souza.

Célio Faria Júnior atuou como chefe de gabinete de Bolsonaro e ministro-chefe da Secretaria de Governo da Presidência e despertou a atenção de Lula.

No lugar, Lula nomeou o procurador do estado da Bahia, Bruno Espiñeira Lemos, a desembargadora aposentada do Tribunal de Justiça de São Paulo, Kenarik Boujikian, e o procurador do Paraná aposentado, Manoel Caetano Ferreira Filho.

João Henrique Nascimento de Freitas apresentou um pedido liminar no STF contra a suspensão da Comissão de Ética da Presidência. Entretanto, Barroso negou o pedido e destacou que “constato que a referida comissão foi criada por decreto, inexistindo qualquer previsão constitucional ou legal de estabilidade de seus membros”.

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