Presidente do PP, Ciro Nogueira, critica TSE por falta de medidas ‘mais drásticas’ contra candidato Datena
O senador Ciro Nogueira, líder do Partido Progressistas (PP), expressou na Globonews nesta quarta-feira (09) que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deveria ter tomado ações “mais drásticas” em relação a José Luiz Datena (PSDB), candidato à Prefeitura de São Paulo (SP).
Segundo Ciro Nogueira, a candidatura de Datena deveria ter sido cassada pelo TSE após o incidente em que ele atacou Pablo Marçal (PRTB) com uma cadeira durante o debate televisionado pela TV Cultura em 15 de setembro.
“Temos que condenar essas cenas deploráveis. Um sujeito dar uma cadeirada num adversário durante um debate e ficar por isso mesmo… Eu acho até que o TSE tinha que ter tomado medidas mais drásticas, como cassação de candidaturas, afastamento de exemplar, mas ele [o Tribunal] nem tem os instrumentos. Temos que criar os instrumentos para esse tipo de situação deplorável”, afirmou Ciro Nogueira na entrevista.
Ciro Nogueira expressou tristeza pela cena e defendeu que os partidos deveriam rejeitar comportamentos semelhantes, excluindo aqueles que adotam tais atitudes. O senador afirmou que, no Progressistas, Datena teria sido excluído e espera que outras agremiações políticas adotem a mesma postura.
Sobre Pablo Marçal, Nogueira afirmou que o empresário “é uma pessoa de respeito, uma pessoa de direita, com um poder de comunicação jamais visto”.
O senador também classificou como um “erro” Ricardo Nunes rejeitar o apoio de Pablo Marçal no 2º turno contra Guilherme Boulos (PSOL).
“Eu acho um erro não querer o apoio do Marçal”, afirmou Ciro Nogueira na entrevista. “Ele tem que estar com a gente, porque nosso grande objetivo é evitar a tragédia Boulos no comando da prefeitura de São Paulo”, acrescentou o ex-ministro de Bolsonaro.
“[Pablo Marçal] É uma pessoa de direita, temos de atraí-lo, jamais execrá-lo”, disse Ciro Nogueira. “Marçal tem um poder de comunicação jamais visto. Eu o respeito pelo seu poder”.
De acordo com o senador, o eleitorado de Pablo Marçal “abomina mais o Boulos até do que o eleitorado do Nunes” e isso deve ser explorado pela campanha do candidato à reeleição na capital paulista.