Ciro Gomes: Os irmãos Batista estão de volta com o governo Lula

Político deu declarações durante entrevista
Entrevista De Ciro Gomes Ao Jornal Nacional Foto, Reprodução,TV Globo Entrevista De Ciro Gomes Ao Jornal Nacional Foto, Reprodução,TV Globo
Entrevista De Ciro Gomes Ao Jornal Nacional Foto, Reprodução,TV Globo

Político deu declarações durante entrevista

Ciro Gomes (PDT-CE), ex-candidato à Presidência, indicou que os irmãos Joesley e Wesley Batista retornaram com o governo de (PT). O político fez as afirmações em uma entrevista ao UOL na última quarta-feira (10), e publicou um segmento no seu canal do YouTube.

“Os irmãos Batista estão de volta ao centro político com o governo Lula! Entenda como aconteceu a entrada dos corruptores da JBS no setor elétrico brasileiro: a empresa Âmbar Energia. Poucos dias depois da estranha compra, Lula baixa uma medida provisória repassando para a conta de luz de todos os brasileiros os tais 150 milhões de reais por mês, estatizando o prejuízo e fazendo o mau negócio virar um bom negócio pros Batista e mandando a conta para o povo… É muita esculhambação, gente querida”. disse.

Suspeita-se que os irmãos Batista tenham sido beneficiados por uma medida provisória assinada por Lula, depois de reuniões com o ministro Alexandre Silveira, responsável pela pasta de Minas e Energia.

No mês de junho, 12 usinas térmicas da Eletrobras localizadas na região amazônica foram adquiridas por R$ 4,7 bilhões pela empresa Âmbar Energia, propriedade dos irmãos Joesley e Wesley Batista. Durante aquele período, o jornal O Globo detectou algumas “coincidências” na transação.

Segundo a publicação, as usinas estavam disponíveis desde julho de 2023 e se deparavam com problemas em virtude da inadimplência de seu principal cliente, a Amazonas Energia. Esta acumulava uma dívida de R$ 9 bilhões, que crescia em R$ 150 milhões mensalmente.

Após a compra das usinas pelos irmãos Joesley, duas dias depois, uma Medida Provisória (MP) do governo Lula transferiu os custos mensais de R$ 150 milhões das usinas para as contas de luz dos consumidores brasileiros, removendo o risco financeiro para a Âmbar.

A Medida Provisória também estabeleceu um limite de 60 dias para que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) busque uma resolução para a situação da Amazonas Energia. Sem essa ação, a concessão precisaria ser retornada ao Governo Federal, provocando perdas anuais de até R$ 4,7 bilhões.

Outra vantagem para os irmãos Batista reside no acordo de aquisição das usinas térmicas, que autoriza a Âmbar a transformar a dívida de R$ 9 bilhões em participação acionária da Eletrobras, se também comprarem a Amazonas Energia. Isso colocaria a Âmbar em uma posição favorável para controlar o suprimento de energia na Região Norte.

Os irmãos Batista já tiveram sucesso anteriormente em negócios envolvendo o governo. Em setembro do ano anterior, a Âmbar adquiriu a usina Candiota da Eletrobras, outro ativo problemático. Duas semanas depois da compra, uma proposta legislativa na Câmara prolongou a permissão de funcionamento da usina por mais 15 anos e a inseriu no Programa de Transição Energética Justa. Essa ação redistribuiu os custos nas faturas de energia dos consumidores, com o argumento de manter empregos na indústria do carvão.

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