Prédios comerciais da China e da Coréia do Sul limitam acesso de veículos a áreas subterrâneas por medo de incêndio
Na China e na Coreia do Sul, governos e companhias estão barrando a entrada de veículos elétricos em seus estacionamentos subterrâneos. A razão por trás dessa proibição é o receio de explosões e incêndios.
Segundo o Australian Drive, um site que monitora a indústria automotiva, hotéis e centros de negócios em diversas áreas da Ásia têm colocado sinais nas entradas de suas propriedades. O propósito é alertar os motoristas sobre a nova restrição.
A sugestão dos gestores de propriedades comerciais é que os condutores de “carros elétricos” restrinjam o estacionamento dos seus veículos a lugares situados em zonas abertas.
Bombeiros ficam sem acesso aos carros elétricos
Segundo a mídia chinesa, a resolução de proibir veículos elétricos de lugares subterrâneos surgiu após relatos de 11 incêndios em Hangzhou, ocorridos entre abril e maio de 2024.
Além do perigo de fogo, a altura dos estacionamentos subterrâneos também é um ponto de observação. A separação entre o chão e o teto restringe a entrada dos veículos dos Bombeiros. Consequentemente, operações de emergência podem se tornar limitadas.
Os administradores de hotéis veem os riscos como extremamente graves por, no mínimo, dois motivos: o primeiro é o dano à reputação causado pela necessidade de pedir a evacuação dos hóspedes. O segundo é o possível dano resultante da propagação do fogo.
Autoridades fiscalizam carga da bateria
Em determinadas regiões da Coreia do Sul, as autoridades estão impondo restrições ao estacionamento de carros elétricos no subsolo se estiverem com mais de 90% de carga.
A decisão está relacionada a um incêndio e subsequente explosão perto de um edifício residencial em uma cidade do interior. O incidente foi tão severo que mais de cem veículos próximos ao carro elétrico que explodiu foram danificados.
Um dos problemas técnicos apontados é que as baterias de íon-lítio formam tipos de agulhas internas. Durante a recarga, esses pontos podem causar curto-circuito, aumento de temperatura e, consequentemente, incêndio.
Problemas começam nas fábricas
Por essa razão, certos produtores estão alterando suas baterias para o modelo LFP, que preserva o lítio, mas inclui ferro e óxido de fosfato.
No ano de 2021, ultrapassaram os 8,4 milhões os novos veículos elétricos que deixaram as linhas de produção de vários fabricantes na China, o que impulsionou de forma significativa a produção deste tipo de veículo.
Entretanto, as questões relacionadas ao fogo começam já nas fábricas de baterias. Um incêndio que aconteceu em novembro de 2023, em uma indústria fabricante chinesa, suscitou preocupações acerca da segurança dos carros elétricos antes mesmo de serem lançados das linhas de produção.As informações são da Revista Oeste.