Presidente do TSE promete resposta ágil a notícia-crime apresentada por Boulos contra governador de SP
Em coletiva de imprensa realizada na noite deste domingo (27), a presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, afirmou que a Justiça Eleitoral dará uma resposta ágil à notícia-crime apresentada por Guilherme Boulos (PSOL), candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, contra o governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A ministra disse que o episódio é “um caso isolado” e não abala a credibilidade das eleições.
“Sobre um caso que acontece quando 33 milhões de eleitores estão nas urnas, com 102 candidatos e que já foi judicializado, a Justiça Eleitoral tem prazo curtíssimo e sim, será dada a resposta”, assegurou Cármen Lúcia, que reforçou a confiança no sistema eleitoral ao divulgar o balanço do segundo turno das eleições municipais de 2024. “Acho que um caso em 51 municípios [com disputas de segundo turno] com mais de 33 milhões de eleitores significa o êxito da Justiça Eleitoral, uma Justiça que funciona muito bem.”
Saab argumentou que a justificativa do acidente foi uma “versão forjada” para “perpetrar o veto contra a Venezuela, eludindo sua responsabilidade com o presidente [Vladimir] Putin, os demais presidentes presentes e, em particular, o presidente Nicolás Maduro Moros”. A declaração de Saab foi acompanhada da divulgação de um vídeo do primeiro evento público de Lula após o incidente, no qual é possível ver a cicatriz na cabeça do presidente.
No entanto, o procurador-geral questionou a legitimidade da lesão, afirmando que a aparência “sorridente e ilesa” de Lula no vídeo mostraria que ele teria “usado o tal ‘acidente’ para mentir para o Brasil, para os Brics e para o mundo inteiro, fato pelo qual deveria ser investigado”. Em suas palavras, “o que circulou com muita força como rumor, lamentavelmente parece ser corroborado com um vídeo difundido ontem, onde o presidente Lula é visto saudável, em uso de suas faculdades e atuando com total cinismo”.
A posição do procurador-geral vem acompanhada de uma crítica à postura do governo brasileiro em relação à Venezuela, apontando que essa postura seria resultado de uma “indigna e nefasta atuação” que traria “grande mal-estar na esquerda latino-americana”. Segundo Saab, o veto à entrada da Venezuela no bloco seguiu “de maneira obediente às instruções dos inimigos históricos” do povo venezuelano.
Em declarações recentes, Saab também causou polêmica ao afirmar que Lula teria se tornado um porta-voz da “esquerda cooptada pela CIA”, uma posição que foi rapidamente esclarecida pelo governo venezuelano como sendo exclusivamente sua e não do presidente Nicolás Maduro.
A postura do Itamaraty foi criticada pelo governo venezuelano, que classificou a decisão de veto como uma “agressão” e “gesto hostil” em comunicado emitido na última quinta-feira (24). A chancelaria venezuelana expressou “indignação e vergonha” pelo que considerou uma “agressão inexplicável e imoral” do governo brasileiro, acusando-o de dar continuidade às políticas do ex-presidente Jair Bolsonaro contra o regime bolivariano.
O veto brasileiro, segundo fontes diplomáticas, está relacionado à recusa de Maduro em fornecer transparência sobre os processos eleitorais, especialmente a falta de divulgação das atas das últimas eleições presidenciais, nas quais o líder venezuelano foi reeleito. Na última quinta-feira (24), Maduro comparou Lula a Bolsonaro, afirmando que o veto brasileiro representa uma “agressão” direta a Caracas.