Justiça destacou perversidade dos homicídios qualificados em sentença
Uma mulher brasileira que trabalhava como esteticista e residia em Cascais, Portugal, recebeu uma sentença de 20 anos de prisão por ter matado seus filhos recém-nascidos, que eram gêmeos. O crime ocorreu em 2021.
No mês de abril atual, foi determinada uma sentença de 18 anos de prisão para ela, e esta pena foi aumentada em decorrência de uma apelação realizada pelo Ministério Público (MP). As fontes desta notícia são provenientes do blog Portugal Giro, vinculado ao periódico O Globo.
O Supremo Tribunal de Justiça de Portugal enfatizou a crueldade dos homicídios qualificados ao aumentar a punição, pois esse tipo “dá ao crime uma imagem global de tanto horror e repugnância”. Além disso, a mãe foi descrita como uma pessoa fria e indiferente.
Após dar à luz, a mulher enfrentou uma hemorragia e pediu ajuda horas depois. Investigações apontam que os bebês foram sufocados e a mulher foi presa enquanto estava no hospital, por ter tentado esconder os corpos.
“Após a morte das crianças, a arguida (indiciada) embrulhou a criança do sexo feminino em edredons, colocando-a no chão, e, de seguida, colocou a criança do sexo masculino dentro de um caixote do lixo que tinha no quarto”, informou o acórdão do Supremo.
Em 2010, a mãe da criança também havia feito uma tentativa de abandonar sua outra filha em uma caixa de lixo na rua. A investigação desse crime foi temporariamente interrompida, mas foi mencionada no texto da nova condenação.
Os resultados das autópsias confirmaram a saúde dos recém-nascidos e o término da gestação. Descobriu-se que as mortes foram causadas por estrangulamento. A gravidez ocorreu em segredo, sem que familiares e amigos soubessem.
Se tivessem feito histerectemia após o abandono da primeira filha, essa monstruosidade teria sido evitada.