Brasil cai 10 posições em índice de percepção da corrupção em 2023

Brasil fica em 104º lugar no índice de Transparência Internacional

Em 2023, o Brasil caiu dez posições e perdeu dois pontos no “Índice de Percepção da Corrupção” da Transparência Internacional, conforme divulgado na terça-feira (30). O país marcou 36 pontos e ocupou a 104ª posição entre os 180 países avaliados, empatado com a Argélia, Sérvia e Ucrânia.

O Brasil não alcançou a média global (43 pontos), nem a média regional das Américas (43 pontos), tampouco a média dos países membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que foi de 66 pontos. Além disso, a pontuação do país também foi inferior à média de um grupo de países categorizados como “democracias falhas” (48 pontos).

Segundo a organização, “o pilar de controle jurídico permanece em estado crítico, sendo principalmente negligenciado na recuperação da independência do sistema de Justiça”.

Em 2023, os países que obtiveram as melhores colocações no ranking do IPC foram a Dinamarca, que marcou 90 pontos; a Finlândia, com 87 pontos; a Nova Zelândia, com 85 pontos; a Noruega, com 84 pontos; e Cingapura, que alcançou 83 pontos.

Os países com as piores avaliações foram a Somália, que recebeu 11 pontos; a Venezuela, Síria e Sudão do Sul, cada um com 13 pontos; e o Iêmen, com 16 pontos.

A Transparência Internacional compilou um ranking que incorpora informações de 13 fontes diferentes. Estas fontes avaliam a percepção de empresários e especialistas em relação ao grau de corrupção no setor público de cada país analisado. No ano de 2012, o Brasil alcançou 43 pontos, posicionando-se em 69º lugar em uma lista que incluía 176 países.

A análise da Transparência Internacional relacionada ao Brasil menciona diversos elementos que contribuíram para a percepção negativa do país. Estes incluem a nomeação de Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, para o STF; a seleção de Paulo Gonet como o novo Procurador-Geral da República, mesmo estando fora da lista tríplice feita pelos procuradores; vereditos do Supremo que invalidaram evidências do acordo de leniência da Odebrecht e a penalidade no acordo estabelecido pelo grupo J&F; além do fortalecimento do Centrão.