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Deltan diz ter recebido Pix de ‘agentes de Deus’ para ajuda com dívida

Ex-deputado afirmou que apoiadores enviaram dinheiro a ele para ajudá-lo a pagar dívida da Lava Jato

Deltan Dallagnol, que foi destituído do cargo de deputado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que recebeu transferências via Pix para quitar sua dívida de R$ 2,8 milhões com gastos em hospedagem e transporte enquanto trabalhava como procurador na Operação Lava Jato. Ele se referiu aos seus doadores como “servos de Deus”.

Enquanto estava ao vivo nas redes sociais, Dallagnol recordou da sua primeira campanha de arrecadação de dinheiro na internet, na qual conseguiu juntar R$ 500 mil em apenas três dias. Essa campanha ocorreu quando ele havia sido condenado a pagar R$ 75 mil em indenização por danos morais ao então presidente Luiz Inácio da Silva (PT).

“Agora eu vejo mais um presente de Deus e de vocês acontecendo. Olha a quantidade de Pix na minha desde a última sexta-feira. Centenas e centenas de pessoas começaram a fazer pix para a minha conta mais uma vez expressando solidariedade, protegendo a minha família do mal que querem nos causar e mostrado que eu não estou sozinho, que vocês estão comigo nessa luta por justiça do nosso país. Eu agradeço a Deus e cada um de vocês que têm sido agentes de Deus na minha vida”, disse ele em vídeo.

O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou que Dallagnol restitua ao erário público as despesas com diárias e passagens utilizadas pelos membros da operação Lava Jato. De acordo com o TCU, esses gastos resultaram em um aumento significativo na remuneração dos procuradores, o que contraria a lei, uma vez que o modelo de subsídio deveria ter sido temporário e esporádico, mas acabou se estendendo por vários anos.

Dentre os condenados, estão não somente Dallagnol, mas também Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, que autorizou a criação da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba e permitiu que procuradores de outros estados se deslocassem para trabalhar lá, além de João Vicente Beraldo Romão, que atuava como procurador-chefe da Procuradoria da República do Paraná na época.

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