Na véspera, dom Orlando Brandes havia dito que ‘pátria amada não é pátria armada’
Um dia depois das declarações do arcebispo de Aparecida (SP), dom Orlando Brandes, contrárias ao uso de arma de fogo pela população, o presidente Jair Bolsonaro disse que a liberdade individual dos cidadãos precisa ser assegurada. “Devemos nos preocupar com nossa liberdade, o bem maior de uma nação”, asseverou o chefe do Executivo federal. “Sem liberdade não há vida.”
Na terça-feira 12, durante a celebração da missa das 9 horas, a mais importante do dia no santuário, o arcebispo afirmou que pátria amada não é pátria armada. “Para ser pátria amada, uma República precisa ser sem mentira e sem fake news”, disparou. “Pátria amada sem corrupção, e pátria amada com fraternidade. Todos os irmãos construindo a grande família brasileira.”
Bolsonaro garantiu respeitar os bispos e as demais pessoas que tenham opiniões diferentes das suas, mas rechaçou a postura de Brandes. “O que acontece no Brasil é que só os marginais e os bandidos tinham arma de fogo”, afirmou. “Não pude aprovar a lei como queria, mas alteramos decretos e portaria para que a arma de fogo seja uma realidade.”
O chefe do Executivo federal esteve nesta quarta-feira, 13, em Miracatu, no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, para entregar cerca de 4 mil títulos de regularização fundiária a assentados da reforma agrária na região. Seu irmão, Renato Bolsonaro, é chefe de gabinete da prefeitura.