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Bolsonaro questiona proibição de celular na cabine de votação

Decisão foi tomada pelo TSE, e resistência por parte do eleitor poderá ser considerada crime

O presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta sexta-feira (26), a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de proibir que eleitores entrem com celular na cabine de votação. Em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan, o chefe do Executivo afirmou ter recebido vídeos registrados com o aparelho eletrônico por apoiadores que tiveram problemas na hora de votar no 17 nas urnas eletrônicas em 2018.

– O que eu mais recebi em 2018 foram pequenos vídeos de pessoas que iam votar, iam apertar lá o 17 e não saía. Já dava encerrado, aparecia lá o 13, o Haddad ali e ferrava a votação. Eles querem é evitar isso daí. Será que não conseguiram sanar isso ou isso existe propositalmente para tentar mexer no número da votação no final? – questionou o chefe do Executivo.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu nesta quinta-feira (25), por unanimidade, que os mesários poderão reter os celulares de eleitores nas seções eleitorais para evitar a violação da cabine de votação. A decisão foi dada em uma consulta formulada pelo partido União Brasil, que questionou se as mudanças recentes nas resoluções do tribunal haviam derrubado a possibilidade de retenção dos aparelhos.

Ao tomarem a decisão, os ministros reforçaram uma regra que já havia sido aplicada nas eleições de 2018. Os ministros alertaram que o descumprimento pelo eleitor poderá ser considerado crime.

A Corte ainda aprovou a sugestão do presidente do TSE, Alexandre de Moraes, de usar detectores de metais em seções de votação que apresentem circunstâncias excepcionais.

– Não devemos vedar de forma absoluta a eventual possibilidade de uso de detector de metais. Devemos deixar de forma excepcional, até porque em algumas localidade há um pedido para o TRE, em virtude de armas também. Isso deve ser uma consulta feita ao juiz da zona eleitoral. Uma excepcionalidade, mas, uma vez constatada, o juiz da zona deve ser consultado – disse o relator da consulta, ministro Sergio Banhos, segundo informações do jornal Estadão.

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