Bolsonaro envia recado ao STF em sua primeira aparição pós-cirurgia

Após cirurgia, Bolsonaro reaparece e diz que STF não pode interferir na anistia votada pelo Congresso.
Manifestação Em Brasília Manifestação Em Brasília
© Joédson Alves/Agência Brasil

Em manifestação pró-anistia, Bolsonaro critica STF e reforça que decisão sobre perdão a condenados de 8 de janeiro cabe apenas ao Legislativo

O ex-presidente Jair reapareceu publicamente nesta quarta-feira (7), apenas três dias após receber alta de uma cirurgia na região abdominal. Em sua primeira manifestação pós-internação, Bolsonaro aproveitou o ato para enviar um duro recado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que tem sido protagonista nos julgamentos dos envolvidos nos eventos de 8 de janeiro.

A crítica veio logo após o ex-presidente ter sido intimado judicialmente enquanto ainda estava na UTI, episódio amplamente criticado por seus apoiadores e considerado um erro grosseiro por parte do Judiciário.

“A anistia é um ato político e privativo do Parlamento brasileiro. O Parlamento votou, ninguém tem que se meter em nada. Tem que cumprir a vontade do Parlamento que representa a vontade da maioria do povo brasileiro”, declarou Bolsonaro, em uma mensagem direta aos 11 ministros do STF.

Bolsonaro: “Não vamos abaixar a cabeça para ninguém”

O evento ocorreu em Brasília e reuniu milhares de pessoas em uma manifestação pró-anistia aos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Durante seu discurso, o ex-presidente reforçou o compromisso com a democracia e criticou o ativismo judicial.

“Não vamos perder a esperança. Vamos continuar lutando. Não vamos abaixar a cabeça para ninguém. Se queremos democracia, liberdade e uma pátria melhor, todos nós somos responsáveis pelo futuro do nosso país”, enfatizou Bolsonaro, sob aplausos do público.

Mobilização pela anistia ganha força

A manifestação reforça o crescimento da pressão popular e política pela anistia aos participantes dos protestos de 2023, que resultaram em centenas de condenações com penas consideradas severas por setores da sociedade.

O discurso de Bolsonaro ecoa entre parlamentares da oposição, que defendem que o Nacional tem para decidir sobre medidas de perdão, sem interferência do Supremo.

A fala também ocorre em meio a um momento delicado da política nacional, com o debate sobre a CPI do e os escândalos envolvendo entidades sindicais e o governo, o que tem ampliado as tensões entre os Poderes da República.



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