Basta de abuso e politização no STF, defende jornalista do Estadão

Colunista diz que já existe ‘fundamento suficiente’ para um processo de impeachment

Na coluna de opinião publicada no jornal O Estado de S. Paulo na segunda-feira, 29, Carlos Alberto Di Franco, jornalista, analisou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF) e fez um apelo para um “basta no abuso e politização” de seus membros. O colunista afirma que já há “fundamento suficiente” para iniciar um processo de impeachment de juízes.

Di Franco lista algumas falhas dos ministros do STF, como “deslizes”, incluindo falar fora do contexto, adotar posturas políticas e até mesmo partidárias, competir por atenção com celebridades, dar entrevistas sobre uma variedade de tópicos e participar de reuniões regadas “à base de bons vinhos e pouca prudência republicana”. “Isso mostra que algo não vai bem com a nossa democracia”, ele notou.

O repórter expressou sua surpresa com o que leu no relatório preliminar do Comitê Judiciário da Câmara dos Estados Unidos sobre o Twitter/X. O relatório expôs a suspensão de 150 contas na plataforma de mídia social sob “justificativas grosseiras”.

“É claro o avanço inconstitucional da censura no Brasil e os reiterados abusos praticados por ordem do ministro Alexandre de Moraes”, criticou Di Franco. “Não é precipitado afirmar que estamos diante de uma ação política.”

Ditadura do Judiciário

Para o colunista, “o Brasil é um país que caminha aceleradamente para uma ditadura do Judiciário”. “Pressionar funcionários de uma empresa [Twitter/X] a praticar censura – apoiando-se ilegalmente no expediente do segredo de Justiça – é, por si só, fundamento suficiente para um processo de impeachment”, avaliou.

No artigo, o escritor destaca outro desafio. De acordo com ele, o “avanço de atos abusivos” no Judiciário e a seriedade das denúncias mais recentes intensificam a pressão sobre o presidente do Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que tem demonstrado “omissão” diante dessa situação.

“Esperemos que o ministro Moraes, por iniciativa própria ou pressionado por seus pares, repense suas atitudes; o STF não é dono do país”. As informações são da Revista Oeste.

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