Presidente do STF reforça solidariedade após episódio de intimação hospitalar de Bolsonaro
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, recebeu nesta semana, na sede da Corte, a oficial de Justiça Cristiane Oliveira, responsável por entregar a intimação judicial ao ex-presidente Jair Bolsonaro, quando este se encontrava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Nova Star, em Brasília.
A entrega da intimação foi autorizada formalmente pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos que investigam o ex-presidente. O episódio gerou ampla repercussão nas redes sociais, principalmente após a divulgação de vídeos em que Bolsonaro questiona, de forma respeitosa, a necessidade da notificação durante o período pós-cirúrgico.
Durante a reunião no STF, Barroso declarou apoio institucional à servidora:
“Somos solidários e estamos ao lado de vocês para garantir o apoio e o suporte necessários para o cumprimento das funções, que são essenciais ao STF.”
Cármen Lúcia discute “machismo” institucional com oficial de Justiça
O encontro contou também com a presença da ministra Cármen Lúcia, que aproveitou a ocasião para abordar o tema do “machismo” institucional e como ele teria influenciado as críticas à atuação da servidora.
“Conversamos sobre os efeitos do machismo nas reações a esse tipo de trabalho essencial”, pontuou a ministra, sem citar diretamente os questionamentos públicos feitos ao STF ou ao próprio ato de intimação hospitalar.
Bolsonaro reagiu com ponderação ao receber notificação na UTI
Em vídeo registrado no dia 23 de abril, data em que recebeu a intimação, Jair Bolsonaro reagiu de forma tranquila, demonstrando compreender que Cristiane estava apenas cumprindo seu dever legal.
“A senhora está fazendo o seu trabalho. Eu entendo”, disse o ex-presidente, em tom respeitoso.
A visita da oficial, no entanto, foi posteriormente criticada por profissionais da saúde e entidades médicas. O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nota ressaltando que o acesso à UTI exige procedimentos rigorosos de biossegurança e controle médico, ainda mais em casos pós-operatórios.
“Há protocolos específicos em ambientes de terapia intensiva que visam preservar a saúde do paciente e evitar riscos desnecessários”, destacou a entidade.
Engraçado a ministra não citar o absurdo do aleixandre mandar uma oficial numa uti isso depois que o paciente passou por cirurgia de 12 horas, eu acho ainda que eles os tomados não estão acreditando no que vai acontecer ao Sr aleixandre e todos os seus cúmplices.