Apoiadores de Bolsonaro cobram voto de Romário contra Dino

Ministro da Justiça será sabatinado na quarta-feira 13

Usuários das mídias sociais que apoiam o ex-presidente estão pressionando o senador Romário (PL-RJ) para que ele se opere a votação do indicado para o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, que atualmente ocupa o cargo de ministro da Justiça e Segurança Pública.

O ex-jogador de futebol, atualmente senador, tem recebido diversos questionamentos em seus perfis do X/Twitter e Instagram sobre sua posição em relação a Dino, acompanhados de palavras de ordem como “Dino não”.

“Vamos ver seu voto para barrar o Dino, se não, o povo vai te barrar nas próximas eleições”, comentou um internauta. “Romário sabe que estamos olhando seu voto na indicação do STF”, comentou outro seguidor.

Embora seja filiado ao PL, partido de Bolsonaro, Romário demonstra concordância com algumas das propostas do governo do presidente Luiz Inácio da Silva em algumas votações.

Acredita-se que Carlos Portinho, líder do PL no Senado do Rio de Janeiro, agendará uma reunião com Romário para discutir um assunto específico antes da sabatina de Dino na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, que ocorrerá na quarta-feira, dia 13.

À coluna, Portinho afirmou que possui uma “ótima” relação com o ex-jogador e que Romário é de “palavra”. “Todas às vezes em que ele se comprometeu em votar conosco, como na eleição do senador Rogério Marinho (PL-RN) [à presidência do Senado] e na PEC da reforma tributária, sei que ele votou”, ponderou o líder.

No dia 10 de domingo, após manifestações em todo o país contra a nomeação de Dino ao STF, Portinho compartilhou uma imagem nas redes sociais em que um grupo de manifestantes segurava um cartaz pedindo que Romário, por patriotismo, não votasse a favor da indicação de Dino.

Portanto, de acordo com Portinho, cada senador tem autonomia em seu voto e possíveis influências sobre Romário vêm da sociedade, não dos colegas parlamentares. Para que Dino seja aprovado, é necessário obter pelo menos 14 votos na Comissão de Constituição e Justiça e 41 votos no Senado em geral. As informações são da Revista Oeste.

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