Degradacão sem precedentes na Amazônia: 10.000 campos de futebol de floresta afetados por dia, revela estudo
A Amazônia enfrenta uma degradação sem precedentes, com dados do Instituto Imazon revelando que entre janeiro e outubro de 2024, cerca de 10.000 campos de futebol de floresta foram afetados por dia devido a queimadas e extração madeireira. Este é o pior cenário registrado nos últimos 15 anos, segundo o levantamento divulgado nesta terça-feira.
Degradação Atinge Recorde Histórico
Apenas em outubro, foram degradados 6.623 quilômetros quadrados de floresta, o que equivale a quatro vezes a área da cidade de São Paulo. Esse número é quatro vezes maior do que o registrado no mesmo mês do ano anterior, quando 1.554 quilômetros quadrados foram impactados.
Nos primeiros dez meses de 2024, a área total degradada chegou a 32.869 quilômetros quadrados, quase três vezes maior do que o recorde anterior, de 11.453 quilômetros quadrados, registrado em 2017.
Principais Fatores: Queimadas e Extração
A degradação florestal é impulsionada principalmente pelas queimadas, que “explodiram” nos últimos meses, e pela intensificação da exploração madeireira. O cenário coloca em xeque as políticas ambientais do governo atual, que enfrentam críticas tanto nacionais quanto internacionais pela falta de eficácia no controle do desmatamento.
Impacto Ambiental e Comparações
Para dimensionar o impacto: 32.869 quilômetros quadrados equivalem a 21 vezes a área da cidade de São Paulo, destacando a gravidade do problema. Esses números alarmantes sinalizam uma aceleração do desmatamento e da degradação florestal que não vinha sendo registrada desde 2009.
Desafios e Pressão Internacional
O governo Lula, que iniciou seu mandato com promessas de combate ao desmatamento, enfrenta agora um cenário crítico. A degradação recorde ameaça comprometer a credibilidade do Brasil em acordos internacionais climáticos e ambientais, especialmente em fóruns como a COP28.
Os dados reforçam a urgência de medidas mais rigorosas e eficazes para proteger a Amazônia. A crescente pressão da comunidade internacional e dos setores ambientais exige do governo uma resposta contundente para reverter a situação alarmante.