Alta da gasolina: Bolsonaro cita a dívida deixada na Petrobras

Presidente disse que não se pode gastar mais, como nos governos anteriores
Presidente Jair Bolsonaro Foto, PR,Marcos Corrêa Presidente Jair Bolsonaro Foto, PR,Marcos Corrêa
Presidente Jair Bolsonaro Foto, PR,Marcos Corrêa

Presidente disse que não se pode gastar mais, como nos governos anteriores

Em resposta às críticas sobre o alto preço dos combustíveis, o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou nesta quinta-feira (30) que o alto custo de vida em seu governo é justificado porque, em sua gestão, não se pode gastar mais, como acontecia nos governos anteriores.

Em repúdio aos governos do PT, Bolsonaro afirmou que a dívida da Petrobras deixada para sua gestão foi de cerca de R$ 230 bilhões em obras anunciadas e não construídas. Segundo ele, a população tem razão em reclamar, mas é preciso entender o contexto nacional.

– Não estou me esquivando da minha responsabilidade, mas uso sempre uma passagem bíblica: “Por falta de conhecimento, o povo pereceu” – destacou o chefe do Executivo, em cerimônia de sanção do Projeto de Lei do Congresso Nacional (PLN) para obras do metrô de Belo Horizonte (MG) e do lançamento da pedra fundamental do Centro Nacional de Vacinas.

Bolsonaro citou também os governadores e destacou que não quer brigar com nenhum gestor estadual, que quer apenas “fazer cumprir a emenda constitucional sobre o ICMS”. Segundo ele, suas críticas têm como objetivo fazer com “que todo mundo tenha sua responsabilidade no preço final do combustível”.

Bolsonaro destacou que o Brasil é autossuficiente em petróleo e, por isso, há de se buscar uma forma de resolver o problema da inflação. Ao falar sobre o preço do gás natural, o presidente declarou que “ninguém quer quebrar contratos, mas reajustá-los. Podemos fazer isso”.

Na esteira de elogios ao próprio governo, Bolsonaro afirmou que o compromisso do Executivo é fomentar o livre mercado e lutar pela meritocracia.

– O Estado não existe para tutelar o povo, mas para não atrapalhar – enfatizou.

Em um discurso que enaltece o que classifica como “luta pela democracia e liberdade”, o presidente citou as manifestações de 7 de setembro e disse que, “cada vez mais nos vemos obrigados, justamente com vocês […], a lutar para que cada um dos incisos do artigo 5º da Constituição seja cumprido”. O artigo 5º da Constituição assegura o direito à liberdade, igualdade, segurança e propriedade.

VACINAS

Durante o evento, Bolsonaro voltou a negar que ele seja um “negacionista da vacina”, mas continuou a colocar em xeque a segurança dos imunizantes ao declarar que a maioria das vacinas ainda está com registro emergencial. Reforçando o respeito à liberdade individual, o presidente disse que o governo não vai obrigar a imunização.

– Nós conseguimos a vacina para todos os brasileiros que acharem que devem se vacinar, que se vacinem, mas respeitamos o direito daqueles que, porventura, não querem se vacinar – declarou o chefe do Executivo, reforçando suas críticas ao “passaporte da vacinação”.

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