Aliados de Lula criticam Musk e pedem regulação das redes sociais

Elon Musk enfrenta críticas após decisão de desafiar restrições judiciais à rede social X
Elon Musk, CEO Da Tesla Foto,EFE,EPA,BRITTA PEDERSEN Elon Musk, CEO Da Tesla Foto,EFE,EPA,BRITTA PEDERSEN
Elon Musk, CEO Da Tesla Foto,EFE,EPA,BRITTA PEDERSEN

Elon Musk enfrenta críticas após decisão de desafiar restrições judiciais à rede social X

A escolha do empresário Elon Musk de ignorar as limitações legais aplicadas à rede social X (anteriormente conhecida como Twitter), anunciada na noite de sábado (6), resultou em críticas e pedidos de regulamentação urgente das plataformas no Brasil por aliados do presidente Luiz Inácio da Silva (PT).

Musk fez uma postagem em um perfil oficial do X no início da noite, anunciando que estava “levantando todas as restrições” e enfatizando que “princípios importam mais que lucros”. Ele também mencionou que “este juiz aplicou altas multas, ameaçou prender nossos funcionários e bloquear o acesso ao X no Brasil”, em uma aparente referência ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi mencionado nos “Twitter Files” vazados nesta semana.

No entanto, Musk não mencionou especificamente quais seriam as decisões de Moraes que supostamente teriam limitado perfis na rede social.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, figura entre os críticos à decisão de Musk de suspender as restrições. Ela classificou a medida como “patética” e declarou que ela “permite discursos de ódio e propagação em larga escala de notícias falsas”.

“Patético é o menor dos adjetivos para descrever a resposta de Elon Musk ao ministro Alexandre de Moraes, inflamando a extrema-direita ao insinuar que há censura no Brasil, ao mesmo tempo que sua rede permite discursos de ódio e propagação em larga escala de notícias falsas. Enquanto tentarem enfraquecer democracias nós vamos resistir. E exigir que ninguém seja anistiado”, postou na própria rede X.

O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou que Musk “representa o que tem de mais atrasado do ponto de vista civilizacional. Ele apoia os regimes autoritários no mundo e as práticas mais retrogradas. Não venha ele criticar o STF nem aqueles que protegem a nossa democracia como o ministro Alexandre de Moraes”.

Ricardo Cappelli, o ex-secretário que atualmente é presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, traçou um comparativo com a decisão do governo dos Estados Unidos em relação à rede social TikTok.

“O TikTok foi banido nos EUA. Ou os chineses vendem, ou tchau. O que esse valentão da extrema direita falou? Cadê o discurso dele sobre censura e liberdade de expressão nos EUA? Ele acha que o Brasil é uma república bananeira onde ele pode atacar a Suprema Corte. Todo apoio ao STF”, pontuou.

Um dos mais ativos ministros de Lula nas redes sociais, Paulo Pimenta, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), evitou comentar a decisão de Musk, mas repostou uma postagem do advogado-geral da União (AGU), Jorge Messias. Ele afirmou que “é urgente regulamentar as redes sociais”.

“Não podemos conviver em uma sociedade em que bilionários com domicílio no exterior tenham controle de redes sociais e se coloquem em condições de violar o Estado de Direito, descumprindo ordens judiciais e ameaçando nossas autoridades. A Paz Social é inegociável”, disparou. As informações são da Gazeta do Povo.

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