Aliados de Bolsonaro exaltam voto de Fux no STF e dizem que decisão desmonta “farsa do golpe”

Aliados de Bolsonaro comemoram voto de Fux, que questiona competência do STF e aponta cerceamento de defesa.
Presidente Do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, Reabriu As Atividades Do Judiciário Foto,STF,Nelson Jr Presidente Do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, Reabriu As Atividades Do Judiciário Foto,STF,Nelson Jr
Presidente Do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, Reabriu As Atividades Do Judiciário Foto,STF,Nelson Jr

Ministro divergiu de Moraes, apontou cerceamento de defesa e afirmou que Corte não tinha competência para julgar o caso

O voto do ministro Luiz Fux, na sessão desta quarta-feira (10) da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), repercutiu fortemente entre aliados do ex-presidente (PL). Fux acolheu argumentos das defesas, questionou a competência da Corte para julgar os acusados e destacou que os oito réus, incluindo Bolsonaro, não tinham prerrogativa de foro no momento da denúncia.

Reações da base bolsonarista

O pastor Silas Malafaia comemorou o posicionamento do ministro:
– “A farsa do golpe foi derrubada por Fux. Voto arrasador. O STF não tem competência de julgar Bolsonaro” – escreveu nas redes sociais.

O advogado Fábio Wajngarten avaliou que o voto evidenciou perseguição política:
– “Independentemente do mérito, já ficou claro o óbvio: a perseguição política escancarada em detrimento do bom direito. O papel do bom julgador é a isenção acima de tudo, independência acima de todos.”

Em nota oficial, o PL classificou o voto de Fux como sinal de imparcialidade diante do que chamou de injustiça contra Bolsonaro, defendendo a anulação de todos os atos decisórios.

Parlamentares reforçam críticas a Moraes

O senador (PL-RJ) afirmou que o voto desmontou a narrativa do relator :
– “Bolsonaro não teve acesso a todas as provas, não teve tempo hábil e foi julgado na instância errada, sem respeito ao devido processo legal! Isso não é Justiça! Bolsonaro é inocente!”

O deputado Gustavo Gayer (PL-GO) disse que Fux “escancarou a perseguição contra Bolsonaro”. Já Marcel van Hattem destacou que o ministro reconheceu que o julgamento fere o princípio do juiz natural e da segurança jurídica.

O deputado (PL-MG) reforçou que “nenhum dos réus tinha foro privilegiado, portanto não poderiam ser julgados pelo STF”. O deputado Gilberto Silva (PL-PB) agradeceu a Fux por, segundo ele, respeitar a Constituição.

Voto e próximos passos do julgamento

Em seu voto, Fux defendeu a anulação da ação penal contra Bolsonaro e outros sete réus ligados à suposta trama golpista de 2022. Ele também apontou cerceamento de defesa, citando o “dumping de dados” – prática em que foram entregues 70 terabytes de informações às defesas em prazo curto para análise.

A leitura do voto ocorreu na sexta sessão do julgamento do chamado “núcleo 1”. Até o momento, Alexandre de Moraes e já votaram pela condenação. Ainda faltam os posicionamentos de Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, que devem definir o rumo do processo.


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