Presidente do Senado reforça compromisso com a agenda petista após reunião no Planalto
O novo presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), voltou a demonstrar total alinhamento com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Após uma reunião com o presidente e com Hugo Motta (Republicanos-PB), novo presidente da Câmara, Alcolumbre defendeu que o Legislativo deve “ajudar” a gestão petista.
“O Poder Legislativo não pode se furtar em ajudar o governo do Brasil a melhorar a vida dos brasileiros”, declarou o senador.
A declaração reforça o tom adotado por Alcolumbre desde sua eleição no último sábado (1º), quando afirmou que o governo teria sua agenda “totalmente respeitada” e que “nenhum senador tem autoridade de atrapalhar a agenda do governo”.
Senado sob comando aliado de Lula
No encontro realizado nesta segunda-feira (3) no Palácio do Planalto, Alcolumbre repetiu sua defesa irrestrita do governo petista, enfatizando que o Congresso deve apoiar e aprimorar as pautas prioritárias da gestão Lula.
“Nosso país ainda tem muitas desigualdades, a gente não tem tempo de criar crise onde não existe, porque o nosso tempo tem que ser aproveitado integralmente para entregar para as pessoas”, afirmou.
Alcolumbre agradeceu Lula e sua equipe ministerial, destacando a “relação exitosa” entre os Poderes e mencionando sua amizade pessoal com Hugo Motta, o que, segundo ele, ajudará no alinhamento entre Senado, Câmara e Executivo.
Submissão ao governo ou independência legislativa?
O discurso de Alcolumbre levanta preocupações sobre a independência do Senado, que deveria atuar de forma autônoma e fiscalizadora do Executivo, mas que, sob sua liderança, parece caminhar para um papel de mera validação das pautas do governo Lula.
Enquanto o Congresso deveria ser um espaço de debate plural, Alcolumbre deixa claro que não pretende criar dificuldades para o Planalto. Isso reforça a percepção de que o Senado e a Câmara, agora sob comando de nomes mais alinhados ao governo, podem atuar como uma extensão do Executivo, sem resistência a medidas polêmicas ou controversas.
Com essa postura, a oposição precisará encontrar novas estratégias para impedir que o Congresso se torne apenas um carimbo das decisões do governo petista.
Tudo como era antes no Reino de Abrantes