Alcolumbre explica demora na sabatina de Mendonça ao STF

Presidente da CCJ do Senado falou em “turbulência política”
Davi Alcolumbre, Presidente Da CCJ Do Senado Foto,Agência Senado Davi Alcolumbre, Presidente Da CCJ Do Senado Foto,Agência Senado
Davi Alcolumbre, Presidente Da CCJ Do Senado Foto,Agência Senado

Presidente da CCJ do Senado falou em “turbulência política”

Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AL), explicou a demora em marcar a sabatina de André Mendonça para uma vaga na Corte. De acordo com ele, o procedimento ainda não foi agendado devido à “turbulência política”.

Ex-advogado-geral da União, Mendonça foi indicado em 12 julho pelo presidente Jair Bolsonaro para ocupar a vaga deixada pelo ministro Marco Aurélio de Mello no STF. Mas, desde então, seu nome não passou pelo primeiro passo para ingressar na Corte, já que Alcolumbre ainda não definiu a data do procedimento.

Diante da demora, os senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Podemos-GO) acionaram o STF, cobrando uma definição para o caso. Para os parlamentares, “não existe motivo republicano” para a demora de Alcolumbre em marcar a sabatina, e o atraso configura “flagrante e indevida interferência no sadio equilíbrio entre os Poderes, na medida em que inviabiliza a concreta produção de efeitos que deve emanar do livre exercício de atribuição típica do presidente da República”.

A resposta de Alcolumbre foi enviada após pedido feito pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação de Alessandro Vieira e Kajuru. Para o presidente da CCJ, a “votação de indicação de ministro para o STF merece ser precedida de um tempo de amadurecimento político que permita a galvanização das opiniões dos membros do Senado, em especial diante do cenário de turbulência política […] Ainda que houvesse intenção direta em obstar a indicação […], a atuação obstrutiva (filibustering) é instrumento político legítimo na atividade parlamentar”.

No documento, o senador ainda afirmou que “a aprovação do indicado por uma das Casas do Poder Legislativo atribui constitucionalmente a esta – no caso ao Senado Federal – poder de veto em relação à escolha presidencial, poder esse que pode ser exercido seja mediante a recusa expressa e formal do nome, seja mediante a não-deliberação, enquanto manifestação política de que não há consenso na indicação e na sua aprovação”.

De acordo com o jornal O Globo, já há uma previsão para a sabatina de André Mendonça ocorrer. A expectativa é que ocorra de 18 a 22 de outubro.

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