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Jornalista português: ‘Tentaram me prender no Brasil por crime de opinião’

Sergio Tavares diz que caso será levado ao tribunal internacional.

Sérgio Tavares, jornalista de Portugal, que foi detido no Aeroporto de Guarulhos no último domingo, 25, ao chegar ao Brasil para cobrir as manifestações do ‘Ato Pela Democracia’ na Avenida Paulista, afirmou que a Polícia Federal tentou prendê-lo por “crime de opinião”.

Tavares compartilhou o documento completo emitido pela PF nas redes sociais para, em suas palavras, “provar” que a ação das autoridades brasileiras foi ilegal.

“Não fui interrogado por causa de visto, mas sim para tentarem prender, por ‘crimes de opinião’, um cidadão europeu. Em nenhum momento fui questionado sobre o visto, fui, sim, questionado sobre todos os meus passos, todas as minhas opiniões sobre a situação política no Brasil, e isto não é um procedimento padrão”, declara em vídeo.

O jornalista foi conduzido à estação policial situada dentro do aeroporto para, conforme informado pela Polícia Federal, fornecer explicações por não possuir visto profissional. A corporação afirmou que ele foi submetido a um “procedimento padrão”, com duração aproximada de 4 horas.

Frente à ampla repercussão do caso, a PF confirmou que perguntas foram feitas a Sérgio sobre comentários em suas contas de redes sociais relacionados à ‘democracia brasileira’.

“Tudo o que me foi feito foram questões sobre política: 8 de Janeiro, ditadura do judiciário, Flávio Dino, Alexandre de Moraes, etc. Eu tenho a prova documental dessa mentira para esquecer essa perseguição política de que fui alvo”, rebateu o jornalista.

“Por que é que lhes preocupa tanto que um cidadão europeu aborde esses assuntos? E por que é que mentiram? Por que é que me detiveram? Por que é que me interrogaram? Por que é que eu os incomodo tanto assim?”, emendou.

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